Neurologia se consolida como uma das áreas-foco do Hospital, ressaltando a conscientização para o atendimento imediato e o alerta para os sintomas das doenças cerebrovasculares.
São Paulo, 29 de outubro de 2013 – O Hospital Alemão Oswaldo Cruz acaba de lançar seu Centro de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Coordenado pelos neurologistas Dr. Jefferson Gomes Fernandes e Dr. Roberto Carneiro de Oliveira, o Centro conta com infraestrutura composta por uma Unidade de AVC Agudo, inserida na UTI Neurológica, e uma Unidade de Internação Neurológica exclusiva.
“Nossa atuação é multidisciplinar, envolvendo, além de médicos emergencistas e intensivistas capacitados para o atendimento inicial, equipes de retaguarda Neurológica, Neurocirúrgica e de Neuroradiológia Intervencionista. Estas equipes atuam de forma integrada com os profissionais de enfermagem, nutrição e reabilitação do Hospital, oferecendo as melhores práticas médicas na assistência às pessoas com AVC que buscam o nosso Hospital”, explica Dr. Jefferson.
O AVC é uma das principais causas de morte e de incapacitação física no Brasil e no mundo, entretanto, muitas vezes, seus sintomas e sinais são negligenciados pelos pacientes devido à falta de conhecimento ou à confusão com problemas de menor gravidade. A doença é evidenciada por manifestações como súbita fraqueza ou formigamento em um lado do corpo (braço, perna e face), alteração da coordenação e equilíbrio, desorientação, dificuldades para articular a fala, desvios da boca para o lado e dor de cabeça intensa, sem qualquer motivo aparente.
“Em geral, o risco de sofrer um AVC aumenta depois dos 60 anos, mas isso não quer dizer que não possa ocorrer em pessoas mais jovens. Além de considerar o histórico familiar, existem fatores que favorecem doenças cerebrovasculares e que precisam ser observados com muita atenção, como colesterol elevado, diabetes, obesidade, tabagismo e o consumo excessivo de álcool. Mas a principal causa controlável dos acidentes vasculares cerebrais – sobretudo da forma hemorrágica, que é a mais agressiva – é a hipertensão arterial”, explica o neurologista.
O lançamento do Centro de AVC também alerta para a questão do tempo de atendimento, que é crucial no caso de doenças cerebrovasculares. Quanto menor o tempo entre o início dos sintomas e o tratamento, maiores serão as chances de sobrevida, assim como as de recuperação e redução de sequelas. O atendimento realizado nas primeiras quatro horas e meia pode ser fundamental para a redução de sequelas no caso de um AVC isquêmico.
“O AVC precisa ser considerado uma emergência médica. Esse é um grande ponto de conscientização junto à população. As pessoas tendem a não dar a devida importância para sintomas como pequenas restrições de movimento ou alguma dificuldade para falar. Diferentemente do que ocorre com a suspeita de infarto do miocárdio, por exemplo, os pacientes acabam tardando a ida ao Hospital, colocando em risco a recuperação e até a vida”, enfatiza Dr. Jefferson.
Tipos de AVC
Caracterizado pelo déficit neurológico provocado por problemas nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central, o AVC é, geralmente, dividido em dois grupos principais:
Isquêmico – que ocorre pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral, causando falta de circulação. Mais de 80% dos acidentes vasculares cerebrais são do tipo isquêmico.
Hemorrágico – ocasionado pela ruptura espontânea de um vaso, com extravazamento de sangue, podendo ocasionar maiores danos ao paciente.