A escoliose possui diversos graus e para cada um há o indicativo de tratamento
São Paulo, 13 de junho de 2022 – A escoliose é uma alteração na coluna vertebral causada por uma curvatura lateral que atinge de 2 a 3% da população, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Entre os mais acometidos pela doença estão as adolescentes do sexo feminino. A doença pode ser idiopática ou secundária. A idiopática não tem causa identificada e, geralmente, se manifesta na pré-adolescência, e se agrava durante o pico de crescimento. Já a secundária, é provocada por más-formações congênitas, doenças neuromusculares ou que se formam por conta da degeneração da coluna, normalmente na vida adulta. Aqueles que apresentam curvatura entre 10 e 40 graus devem ser acompanhados pelo médico ortopedista. Procedimentos cirúrgicos são recomendados a partir de curvaturas de 50 graus na coluna e são indicados para evitar problemas cardíacos e pulmonares que podem ser acarretados pela deformidade.
A detecção precoce da doença é fundamental para o tratamento da escoliose, uma vez que ela progride com o crescimento. De acordo com o Dr. Marcelo Risso, ortopedista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, com o uso de coletes, métodos de estabilização e fisioterapia é possível conter a progressão da escoliose em crianças.
A prática de exercícios físicos pode ser uma aliada dos pacientes. O médico indica atividades na água como hidroginástica, natação e Pilates, além de alguns exercícios de fortalecimento da musculatura da coluna que podem ajudar no tratamento, desde que realizados com a ajuda de um profissional qualificado.
Sessões de fisioterapia podem auxiliar no tratamento da escoliose, ainda assim, o especialista recomenda que a indicação seja avaliada individualmente, considerando as particularidades de cada paciente. A decisão deve ser sempre tomada em conjunto com o ortopedista, que irá recomendar o tipo de exercício, carga e frequência do tratamento fisioterápico.
Como identificar a escoliose?
No caso das crianças, é possível identificar pelos pais. Basta colocá-las de costas, sem camiseta, colocar os dois braços para frente e fletir o tronco, para que assim se tenha ideia se ele está com algum desvio na coluna. Além disso, há alguns sinais que podem ser comuns na escoliose:
- Diferença na altura dos ombros;
- Assimetria nas mamas das meninas;
- Presença de gibosidade nas costas (saliência);
- Cabeça não centralizada;
- Escápula mais alta e possivelmente mais proeminente de um lado;
- Espaços alterados entre os braços e o tronco;
- Um lado do quadril mais proeminente.
“A conscientização da escoliose é fundamental para que o diagnóstico da doença ocorra ainda na infância ou adolescência, permitindo que o tratamento aconteça nas fases iniciais do problema. Dessa forma, é possível minimizar dores e limitações decorrentes do diagnóstico tardio, além de proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes”, afirma Dr. Marcelo Risso.