É TEMPO DE SOL

O verão marca a temporada de férias e atividades ao ar livre. Mas, embora o momento seja de descanso e pés para cima, os cuidados com a saúde não podem ser deixados de lado. É preciso estar atento para o tempo de exposição aos raios solares, principais causadores de câncer de pele.

Esse é o tipo de câncer com maior incidência no mundo e, no Brasil, corresponde a cerca de 30% das neoplasias malignas. Os dados são da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que, desde 2014, promove a campanha Dezembro Laranja, no início do verão, para alertar sobre como se proteger.

O dermatologista Dr. Luiz Guilherme Martins Castro, vice-presidente da International Society of Dermatology e médico do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, afirma que campanhas como as do Dezembro Laranja têm tido papel relevante na conscientização da população. Esse trabalho é extremamente necessário, pois mais de 60% dos brasileiros não usam nenhum tipo de proteção solar no dia a dia, também segundo a SBD. Reunimos a seguir tudo o que você precisa saber sobre o câncer de pele e como preveni-lo.

OS TIPOS DE CÂNCER DE PELE

O câncer de pele pode ser dividido em três tipos: o carcinoma basocelular, o menos grave e o mais frequente, surge em mais de 95% dos casos. É identificado após o aparecimento de manchas rosadas na pele. O carcinoma espinocelular, segundo tipo mais comum de câncer de pele e mais frequente entre os homens. Tem a forma de um nó, que cresce rápido e forma uma espécie de casquinha na pele. O melanoma maligno, o mais perigoso e caracterizado pelo aparecimento de uma pinta escura. Pode ser fatal, caso não seja identificado precocemente. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 180 mil novos casos dos tipos não melanoma surgem todos os anos no país.

MELANOMAS E A EXPOSIÇÃO AO SOL

Embora o aparecimento de câncer de pele de modo geral tenha relação direta com alta exposição ao sol sem proteção, o melanoma (o mais perigoso), em muitos casos, pode estar ligado a mutações genéticas. Entre os principais fatores de risco para esse tumor estão pele e olhos claros, cabelos ruivos ou loiros, grande número de pintas e histórico familiar.

TRATAMENTO É QUASE SEMPRE CIRÚRGICO

Independentemente do tipo de câncer de pele que surgir, o tratamento, geralmente, é feito por meio de cirurgia, retirando-se as manchas. Há também outros métodos, como radioterapia, quimioterapia em forma de pomada e terapia fotodinâmica. A forma de tratar a doença é indicada pelo médico especialista, que vai considerar a espécie do tumor e o tamanho, por exemplo.

TOMAR SOL APENAS COM PROTEÇÃO

A melhor forma de se prevenir contra o câncer de pele é evitar a exposição sem proteção. “Quando se fala da proteção, deve-se pensar além do filtro solar. Ele é uma das estratégias. Mas é importante que a população tenha um comportamento antissolar. Evitar os horários com maior incidência de raios ultravioletas (UV), entre 10h e 16h. Usar chapéus, bonés, protetores labiais e camisetas com proteção UV também ajuda muito”, explica o médico dermatologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Luiz Guilherme Martins Castro.

QUAL É O GRAU DE DEFESA DO PROTETOR SOLAR?

Segundo o dermatologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, o protetor solar fator 30 protege contra 96% dos raios ultravioletas. Já um protetor fator 60 consegue bloquear 97% dos raios. “Do ponto de vista prático, a proteção é um pouco maior. O ideal, como falamos, é ter uma atitude antissolar.”

PENSAMENTO
A LONGO PRAZO

Quando se fala em prevenção, outra medida destacada pelo Dr. Luiz Guilherme Martins Castro é adotar um pensamento de longo prazo. “As pessoas costumam passar o protetor solar somente quando vão a praias ou piscinas e não fazem isso no dia a dia. Os minutinhos de exposição ao sol sem proteção vão se somando ao longo da vida. Lá na frente, em uma idade mais avançada, a doença pode aparecer”, destaca.

BRONZEAMENTO ARTIFICIAL É CONTRAINDICADO

Muita gente gosta de garantir um bronzeado o ano todo, mesmo nas estações mais frias, como outono e inverno. Para isso, costumam recorrer ao bronzeamento artificial. A prática, de acordo com o Dr. Luiz Guilherme, é desaconselhável e traz grandes riscos à saúde, aumentando as chances de câncer de pele. “Não existe nenhuma indicação para o bronzeamento artificial. A Sociedade Brasileira de Dermatologia tem tomado medidas para coibir esse tipo de tratamento estético”, afirma o especialista.

SOBRE O CENTRO ESPECIALIZADO EM ONCOLOGIA DO HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ

O Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz conta com um grupo multidisciplinar, com oncologistas, dermatologistas e cirurgiões plásticos, além de um time especializado em reabilitação e medicina integrativa.

“Quando se fala da proteção, deve-se pensar além do filtro solar. Ele é uma das estratégias”

Luiz Guilherme Martins Castro, vice-presidente da International Society of Dermatology e dermatologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Oncologia Câncer de pele Texto

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