PARE DE FUMAR

Campanhas de conscientização sobre os graves malefícios do cigarro e tratamentos que olham para o vício de forma global são fortes aliados para que cada vez mais pessoas abandonem o hábito

Uma em cada cinco pessoas no mundo fuma. O dado, divulgado em 2018 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é alarmante, assim como a taxa de mortalidade em decorrência do consumo de tabaco: são cerca de 3 milhões de óbitos por ano. Ainda de acordo com a OMS, o total de fumantes tem diminuído continuamente ao longo dos anos, mas ainda está longe do ideal – a organização tinha como meta reduzir esse número em 30% até 2025, porém estima que não deve passar de 22%. Segundo o Dr. Elie Fiss, pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, são três as principais enfermidades provocadas pelo fumo: o câncer de pulmão, a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e as doenças cardiovasculares, como o infarto. Segundo o especialista, 15% da população tem DPOC – uma combinação de bronquite e enfisema que não tem cura. “A relação entre o tabaco e as doenças do pulmão é muito próxima”, explica. “Os tumores pulmonares são o tipo mais comum de câncer nas regiões Sul e Sudeste. Existem alguns tipos, como o carcinoma, que uma pessoa que não fuma nunca vai desenvolver.”

SEM MEDO DE PARAR

Celebrado em 31 de maio, o Dia Mundial sem Tabaco foi criado com o intuito de conscientizar sobre o mal provocado pelo cigarro e, também, sensibilizar sobre as muitas dificuldades enfrentadas por quem quer parar de fumar. São os efeitos da nicotina no cérebro que fazem com que o processo de abandonar o vício seja tão penoso. “Os primeiros 20 dias sem cigarro foram terríveis”, conta a ex-fumante Carolina Mancini, 31 anos, que largou o cigarro há três anos depois de 11 de dependência. “Acordei um dia e resolvi parar de uma vez”, lembra. A decisão veio após um diagnóstico de hipertensão e pré-diabetes e do início da prática regular de atividades físicas: “Comecei a fazer boxe e percebi a diferença no fôlego e na agilidade quando fumava menos ao longo do dia. Hoje, quando me dá vontade de fumar, bebo água”, ri.

A advogada Ana Luiza Soares, 26, precisou de um tempo sem café e bebida alcoólica quando decidiu parar, em 2017. Segundo ela, um hábito estava muito ligado ao outro. “Ainda sinto falta em alguns momentos do dia. Acho que tem muito a ver com o ritual também”, acredita. À espera do segundo filho, ela conta que resolveu parar, entre outros motivos, porque não queria que o mais velho se acostumasse com o cigarro, e que sentiu rapidamente os resultados. “Logo comecei a me sentir melhor. Minha pele e meus dentes ficaram mais bonitos e não passei mais vergonha para subir escada.”

Para aqueles que, ao contrário de Carol e Ana Luiza, não conseguem parar sem algum auxílio, o Dr. Elie Fiss recomenda tratamentos como os repositores de nicotina e medicamentos prescritos, como a vareniclina, que estimula os neurotransmissores de forma semelhante à nicotina. No entanto, ele garante que o acompanhamento psicológico faz tanta diferença quanto o fisiológico. “O mais importante é perder o medo de viver sem o cigarro”, diz o Dr. Elie. “O tabagismo é uma doença como qualquer outra, que causa efeitos físicos e psicológicos que precisam ser tratados e vão além de tomar remédio – palavra de quem se livrou do cigarro há 20 anos”, completa.

2 DIAS SEM CIGARRO

Veja o que acontece com o seu corpo 48 horas após parar de fumar

Mais energia nos músculos, órgãos e cérebro

Batimentos cardíacos voltam a bombear oxigênio adequadamente

Diminui a probabilidade de um ataque cardíaco

Paladar e olfato ficam mais apurados

Pneumologia Tabagismo Texto

Veja Também

Leve Com Você
SOBRE VOCÊ

Você tem várias formas de agendar consultas e exames:

AGENDE POR MENSAGEM:

WhatsApp

Agende sua consulta ou exame:

Agende online
QR Code Agende sua consulta ou exame

Agende pelo app meu oswaldo cruz

App Meu Oswaldo Cruz disponível no Google Play App Meu Oswaldo Cruz disponível na App Store