ENTENDA O QUE SÃO AS FOBIAS E CONHEÇA ALGUMAS DAS MAIS COMUNS – ALÉM DE OUTRAS INIMAGINÁVEIS.
De repente, o coração bate mais forte, a palma das mãos começa a suar e até mesmo respirar fica difícil. A sensação é de um ataque de pânico que dá vontade de sair correndo ou, pior, paralisa totalmente. Esse quadro, mais comum do que se imagina, pode ser identificado como fobia que vem de fobos, medo em grego, um distúrbio de ansiedade que se desencadeia diante de uma situação ou objeto específico. Segundo Danilo Faleiros, psicólogo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a fobia acontece de maneira irracional, por motivos que podem parecer até letais no momento, mas que, em sã consciência, são inofensivos. “A pessoa sabe que um cachorro, por exemplo, não vai matá-la, mas, mesmo assim, pode sentir um medo incontrolável ao entrar em contato com ele.”
DANILO FALEIROS
Psicólogo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Ter medo de animais grandes ou pequenos, como as aranhas (a já conhecida aracnofobia), é apenas uma das categorias mais comuns em que o distúrbio se enquadra. O terror pode vir, ainda, de fenômenos naturais. Já viu alguém com medo de água? Trovões, raios e ventos também causam pânico em muita gente. Temer outras situações como voar, subir em lugares altos, entrar em um elevador ou permanecer em ambientes fechados (a também famosa claustrofobia) é tão comum quanto ter pavor de injeções e outros procedimentos, incluindo a visão desesperadora de algumas gotinhas de sangue.
Mas de onde vem esse medo todo? Segundo Faleiros, o que se sabe até agora é que fatores ambientais, ou seja, a maneira como as pessoas interpretam o mundo, são mais preponderantes como causa do que fatores genéticos. “O ambiente favorece o medo e desencadeia as sensações”, explica. Muitas fobias, inclusive, têm início na infância. Por isso, algumas crianças choram e gritam ao ver palhaços, fantasias e até pernas de pau – fruto de eventos traumáticos que podem se estender até a fase adulta. “Mas só se não for feito um tratamento”, diz o psicólogo.
É possível diminuir, ou até curar o problema recorrendo a procedimentos terapêuticos. Nas terapias cognitivo-comportamentais, por exemplo, são usadas técnicas como o contato do paciente com fotos ou com o próprio objeto ou situação, em um ambiente controlado e seguro, até que haja a dessensibilização do cérebro e a pessoa entenda que não há mal algum ali. O especialista ressalta a importância da terapia para a resolução do problema. “Se não tratar, pode durar a vida toda”, esclarece.
Fobia de…?
Conheça alguns medos pra lá de peculiares, mas que atrapalham a vida de muita gente.
- CAETOFOBIA – Medo de pelos e cabelos
- CALIGENEFOBIA – Também conhecido como venustrafobia, é o medo de mulher bonita
- ERGOFOBIA – Pavor do trabalho ou do ambiente de trabalho
- FILOFOBIA – De se apaixonar por alguém
- MOTEFOBIA – Borboletas
- NEOFOBIA – Aversão a novidades
- NOMOFOBIA – Medo de não conseguir se comunicar por meio de aparelhos celulares ou computadores
- PODOFOBIA – O pavor de pés