Prevalência
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 2% dos brasileiros e cerca de 50 milhões de pessoas globalmente convivem com a epilepsia.
Essa condição envolve uma alteração temporária e reversível na atividade cerebral, que ocorre sem relação com febre, uso de drogas ou desequilíbrios metabólicos.
O que é?
A epilepsia é um distúrbio neurológico marcado por crises recorrentes, provocadas por descargas elétricas anormais e excessivas no cérebro. Essas crises podem variar desde pequenos lapsos de atenção até convulsões intensas, afetando pessoas de qualquer idade.
A epilepsia pode ter diversas causas, como lesões cerebrais, predisposição genética, infecções e outras condições médicas subjacentes.
Tipos de Epilepsia
Epilepsia Focal (Parcial): As crises começam em uma área específica do cérebro. Podem ser simples (sem perda de consciência) ou complexas (com perda de consciência). Os sintomas variam conforme a região cerebral afetada, podendo incluir movimentos involuntários, sensações anormais e alterações de percepção.
Epilepsia Generalizada: As crises envolvem ambos os hemisférios cerebrais e afetam a consciência desde o início. Entre os subtipos estão:
- Crises de Ausência: Caracterizadas por lapsos breves de consciência, mais comuns em crianças.
- Crises Mioclônicas: Com espasmos musculares repentinos e rápidos.
- Crises Tônico-Clônicas: Convulsões com rigidez muscular seguida de movimentos rápidos.
- Crises Tônicas e Atônicas: A primeira provoca rigidez muscular súbita, enquanto a segunda causa perda brusca do tônus muscular, com quedas.
Fatores de risco
Histórico familiar: Ter familiares com epilepsia pode aumentar o risco, sugerindo uma possível predisposição genética.
Lesões cerebrais: Traumas na cabeça, como os causados por acidentes, quedas ou impactos, podem desencadear a epilepsia.
Infecções no sistema nervoso: Infecções como meningite, encefalite e neurocisticercose (infecção por parasita no cérebro) aumentam a probabilidade de desenvolvimento da epilepsia.
Acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e doenças cardiovasculares: AVCs e outras condições que afetam o fluxo sanguíneo para o cérebro podem contribuir para o surgimento de crises epilépticas, especialmente em pessoas mais velhas.
Distúrbios no desenvolvimento: Condições como autismo, paralisia cerebral e algumas síndromes genéticas também são associadas a um risco maior de epilepsia.
Uso e abuso de substâncias: O uso excessivo de álcool, drogas ou a retirada repentina de substâncias após uso prolongado pode aumentar o risco de crises.
Prevenção
Embora nem todos os casos de epilepsia possam ser prevenidos, algumas medidas podem reduzir o risco de desenvolver a condição e evitar crises em pessoas já diagnosticadas:
- Prevenção de lesões cerebrais: Uso de equipamentos de segurança, como capacetes ao praticar esportes e cinto de segurança em veículos, ajuda a proteger a cabeça contra traumas.
- Cuidados na gravidez e parto: Acompanhamento médico durante a gravidez e parto seguro ajudam a prevenir lesões cerebrais no recém-nascido, reduzindo o risco de epilepsia infantil.
- Tratamento adequado de infecções: Infecções como meningite e encefalite devem ser tratadas rapidamente para evitar danos neurológicos.
- Controle de doenças cardiovasculares: Manter o controle da pressão arterial, diabetes e colesterol pode reduzir o risco de acidentes vasculares cerebrais, que são uma causa importante de epilepsia em adultos.
- Aderência ao tratamento: Para pessoas com epilepsia, seguir corretamente o tratamento médico e evitar fatores que desencadeiam crises (como falta de sono, estresse e consumo de álcool) são fundamentais para a prevenção de novos episódios.
Essas ações podem ajudar tanto na prevenção da epilepsia quanto na redução da frequência e gravidade das crises em quem já vive com a condição.
Sintomas
Entre os sintomas mais comuns estão:
Confusão temporária
Movimentos involuntários dos braços e pernas
Perda de consciência e sintomas sensoriais, como formigamento ou alterações visuais
Diagnóstico
O diagnóstico de uma crise epiléptica pode ser realizado por meio de um exame físico geral, com foco nas áreas neurológica e psiquiátrica, além de um histórico detalhado fornecido pelo paciente.
É fundamental registrar a ocorrência de uma aura (sensação inicial da crise) e os fatores que podem ter desencadeado o episódio.
Tratamento
O tratamento pode incluir medicamentos anticonvulsivantes, mudanças no estilo de vida e, em casos mais graves, intervenção cirúrgica. A detecção e tratamento precoces são essenciais para melhorar a qualidade de vida de pessoas com epilepsia.
Perguntas Frequentes
A epilepsia afeta cerca de 2% da população brasileira e aproximadamente 50 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a OMS.
A epilepsia é um distúrbio neurológico com crises recorrentes causadas por descargas elétricas anormais no cérebro, podendo variar de lapsos de atenção a convulsões.
A epilepsia pode ser focal, afetando uma área específica do cérebro, ou generalizada, afetando ambos os hemisférios, com subtipos como crises de ausência, mioclônicas, tônico-clônicas, entre outras.
Os fatores de risco incluem histórico familiar, lesões cerebrais, infecções no sistema nervoso, AVCs, distúrbios do desenvolvimento e abuso de substâncias.
Embora nem todos os casos sejam evitáveis, o uso de equipamentos de segurança, tratamento de infecções e controle de doenças cardiovasculares ajudam a prevenir a epilepsia.
Os sintomas podem incluir confusão temporária, movimentos involuntários, perda de consciência e sintomas sensoriais como formigamento e alterações visuais.
O diagnóstico envolve exame físico, foco em áreas neurológica e psiquiátrica, e histórico detalhado, incluindo a ocorrência de auras e fatores desencadeantes.
O tratamento inclui medicamentos anticonvulsivantes, mudanças no estilo de vida e, em casos graves, cirurgia. O diagnóstico precoce melhora a qualidade de vida.
A crise de ausência é uma breve perda de consciência, comum em crianças, onde a pessoa parece estar “desligada” por alguns segundos.
A epilepsia é uma condição crônica e, embora não tenha cura definitiva, o tratamento adequado ajuda a controlar as crises e melhorar a qualidade de vida.