Um grupo de 56 especialistas internacionais, incluindo o Dr. Ricardo Cohen, Diretor do Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, integra a Comissão para definição de obesidade clínica da renomada Revista The Lancet. A comissão, ligada a esta prestigiada e tradicional publicação médica, discutiu e redefiniu os critérios diagnósticos para obesidade clinica, baseada em mais que o IMC.
Redefinição da obesidade: uma abordagem baseada em evidências científicas
Com mais de 1 bilhão de pessoas convivendo com obesidade no mundo, é essencial diferenciar quando ela é um risco e se trata de uma doença. A comissão define a a obesidade em duas condições:
Obesidade Clínica
Uma doença crônica, que provoca problemas nos órgãos e limitações importantes no dia a dia no presente.
Um estado de doença crônica causada pelo excesso de gordura no corpo (excesso de adiposidade). que provoca problemas nos órgãos e limitações importantes no dia a dia.
Obesidade Pré-clínica
Excesso de gordura no corpo que ainda não causa problemas nos órgãos ou limitações nas atividades no presente, mas aumenta o risco de saúde no futuro
A nova proposta, endossada por mais de 75 organizações médicas, aprimora o diagnóstico e o tratamento da doença e promove uma abordagem mais precisa e individualizada
A obesidade e seus sinais e sintomas
Esta publicação define os sinais e sintomas acusadas diretamente pelo excesso de adiposidade. As outras medidas corpóreas, como a medida da cintura e o IMC simplesmente refletem op excesso de adiposidade e não conseguem diagnosticá-la de forma precisa. Além disso, propõe metas para remissão, graças às novas técnicas e abordagens médicas para tratamento da doença.
Esta diferenciação crucial permite tratamentos mais específicas e eficazes, assegurando que cada indivíduo receba o cuidado de que realmente precisa.
Impactos diretos na vida dos pacientes
Com a nova definição, o diagnóstico da obesidade tornou-se mais abrangente e deixou de depender exclusivamente do Índice de Massa Corporal (IMC), o qual é calculado dividindo o peso da pessoa em quilogramas pelo quadrado de sua altura em metros (kg/m²).
Embora o IMC indique uma triagem para excesso de adiposidade, ele não reflete a saúde nem o funcionamento do corpo individualmente, o que pode resultar em diagnósticos equivocados, como tratamentos desnecessários ou a falta de atenção para quem realmente necessita de cuidados. Por exemplo, o IMC não distingue entre gordura e massa muscular, o que pode gerar diagnósticos incorretos, como considerar atletas portadores de obesidade ou ignorar riscos em pessoas com gordura acumulada em órgãos. Além disso, ele não avalia a distribuição da gordura ou o funcionamento do corpo, fatores fundamentais para entender a saúde de cada pessoa.
Ao identificar a doença com maior precisão por meio de seus sinais e sintomas, a abordagem contribui para reduzir o estigma e esclarecer que a obesidade é uma condição complexa, resultante de múltiplos fatores, e não apenas uma questão de escolhas pessoais.
Dessa forma, pessoas que convivem com obesidade, muitas vezes afetadas pela culpa ao acreditarem que a condição é fruto de maus hábitos ou decisões erradas, passam a compreender que se trata de uma doença legítima e multifatorial. Essa abordagem proporciona mais clareza, incentivo ao tratamento adequado e acolhimento necessário para transformar o cuidado e a qualidade de vida dos pacientes.
A nova abordagem é mais abrangente, analisa não apenas o peso e altura, mas também sinais e sintomas do(a) paciente, a composição corporal, a saúde dos órgãos, as medidas do corpo e outros fatores individuais. Essa mudança impacta positivamente a vida dos(as) pacientes, promovendo diagnósticos mais precisos, tratamentos personalizados e um suporte humanizado. Esse avanço reforça a importância de olhar para a obesidade com ciência, empatia e um compromisso genuíno com a saúde, melhorando a saúde e reduzindo os riscos no futuro.
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Liderança no tratamento da obesidade
O Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz é reconhecido como referência no cuidado e tratamento da obesidade. Com base em uma nova classificação, a instituição desenvolve planos de cuidado personalizados, adaptados às necessidades e condições individuais de cada paciente.
Sua equipe multidisciplinar está preparada para oferecer suporte integral no tratamento da obesidade, ajudando os pacientes a iniciarem sua jornada para mais qualidade de vida.
Conhecimento que combate preconceitos
Acreditamos que ciência e educação são as melhores ferramentas para superar os mitos e estereótipos ligados à obesidade. Com informações baseadas em evidências, o objetivo é oferecer um entendimento claro dessa condição médica e assegurar a todos um tratamento eficiente, humanizado e individualizado, sem julgamentos. Leia o artigo completo no Leve com Você, o portal sobre saúde e bem-estar do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.