O câncer de ovário é o sétimo tipo de câncer mais comum em mulheres, e a quinta causa de morte por câncer entre elas. Em 2020, cerca de 313.959 pessoas foram diagnosticadas com câncer de ovário em todo o mundo.
A grande maioria dos casos de câncer de ovário (90%) são carcinomas epiteliais, que se originam nas células que revestem os ovários. A maioria dos carcinomas epiteliais são carcinomas serosos de alto grau (HGSC), que são tumores agressivos que se espalham rapidamente.
O câncer de ovário é mais comum em mulheres brancas do que em mulheres negras e se desenvolve mais comumente em pessoas idosas. Cerca de metade das pessoas diagnosticadas com câncer de ovário têm 63 anos ou mais.
O que é?
O câncer de ovário é um tumor maligno que se desenvolve nos ovários, que são as glândulas reprodutivas femininas que produzem óvulos e hormônios.
Fatores de risco do câncer de ovário
- Idade: O risco de câncer de ovário aumenta com a idade, sendo mais comum em mulheres após a menopausa.
- Histórico familiar: Ter parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com histórico de câncer de ovário ou câncer de mama pode aumentar o risco. Além disso, a presença de mutações genéticas, como as mutações BRCA1 e BRCA2, também está relacionada a um risco significativamente maior;
- Mutação genética: Portar mutações nos genes BRCA1, BRCA2 ou em outros genes relacionados ao câncer de ovário, como os genes MSH2 e MLH1 (associados à síndrome de Lynch), aumenta substancialmente o risco;
- Histórico pessoal de câncer: Ter tido câncer de mama, câncer de cólon ou câncer de endométrio pode aumentar o risco de câncer de ovário;
- Nunca ter engravidado ou ter a primeira gravidez tardiamente: Mulheres que nunca tiveram filhos ou tiveram sua primeira gravidez após os 35 anos têm um risco ligeiramente maior;
- Obesidade: A obesidade está relacionada a um aumento do risco de câncer de ovário;
- Tabagismo: O hábito de fumar pode aumentar o risco de câncer de ovário;
- Uso prolongado de pílulas anticoncepcionais: O uso a longo prazo de pílulas anticoncepcionais pode estar associado a um risco ligeiramente menor de câncer de ovário.
Prevenção do câncer de ovário
Não há uma maneira comprovada de prevenir o câncer de ovário. No entanto, algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco, incluindo:
- Adotar uma dieta saudável e equilibrada;
- Praticar exercícios físicos regularmente;
- Manter um peso saudável;
- Evitar o tabagismo;
- Reduzir a exposição a produtos químicos.
Sintomas do câncer de ovário
O câncer de ovário/trompa de falópio pode ser difícil de diagnosticar em seus estágios iniciais, pois os sintomas costumam ser vagos e podem ser confundidos com outras condições.
Os sintomas e sinais mais comuns de câncer de ovário/trompa de falópio incluem:
Inchaço abdominal
Dor pélvica ou abdominal
Dificuldade em comer ou sentir-se saciado rapidamente
Sintomas urinários, como urgência ou frequência
Fadiga
Diagnóstico do câncer de ovário
O diagnóstico do câncer de ovário é feito por meio de exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma laparoscopia ou laparotomia para obter uma amostra de tecido para análise.
Outros sintomas e sinais de câncer de ovário/trompa de falópio podem incluir:
- Dor de estômago;
- Indigestão;
- Dor nas costas;
- Dor durante a relação sexual;
- Constipação;
- Irregularidades menstruais;
- Inchaço na pélvis ou abdômen;
- Corrimento vaginal, que pode ser claro, branco ou tingido de sangue.
Tratamento do câncer de ovário
O tratamento do câncer de ovário pode ser feito com cirurgia ou quimioterapia, dependendo de fatores como o tipo de tumor, o estágio da doença, a idade da paciente, suas condições clínicas e se o tumor é inicial ou recorrente.
A cirurgia é o tratamento de escolha quando é possível remover todo o tumor. Nesses casos, a quimioterapia pode ser feita após a cirurgia para reduzir o risco de reincidência da doença.
Quando a cirurgia não é possível, a quimioterapia é feita antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor e facilitar sua remoção.
Aqui estão alguns exemplos de como os tratamentos podem ser combinados:
- Cirurgia seguida de quimioterapia adjuvante: Essa é a abordagem mais comum. A cirurgia é realizada primeiro para remover o máximo possível de tumor. Em seguida, a quimioterapia é feita para matar qualquer célula cancerígena que possa ter restado;
- Quimioterapia neoadjuvante seguida de cirurgia: Essa abordagem é usada quando o tumor é muito grande ou está localizado em um lugar que torna a cirurgia difícil. A quimioterapia é usada primeiro para reduzir o tamanho do tumor, tornando-o mais fácil de remover;
- Quimioterapia isolada: Essa abordagem é usada quando a cirurgia não é possível ou quando o tumor está muito avançado para ser curado. A quimioterapia é usada para aliviar os sintomas e prolongar a vida.
Perguntas frequentes
O câncer de ovário é um tumor maligno que se desenvolve nos ovários.
Os sintomas incluem inchaço abdominal, dor pélvica e alterações menstruais.
O diagnóstico envolve exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia, e análise de marcadores tumorais.
Fatores incluem histórico familiar, idade avançada e mutações genéticas, como BRCA1 e BRCA2.
O tratamento pode envolver cirurgia, quimioterapia e radioterapia, conforme a gravidade.
Sim, mutações genéticas hereditárias podem aumentar o risco de desenvolver a doença.
Não existe uma prevenção garantida, mas o controle de fatores de risco e exames regulares podem ajudar na detecção precoce.
Os efeitos colaterais incluem fadiga, náuseas, perda de cabelo e alterações hormonais.