O que é?
O linfoma não Hodgkin é um tipo de câncer do sistema linfático que surge quando os linfócitos, células de defesa do nosso corpo, sofrem mutações e começam a se dividir de forma descontrolada. Geralmente acomete os linfonodos (gânglios), mas pode atingir órgãos que ficam fora do sistema linfático, como a medula óssea, estomago, intestino, pele, entre outros.
Compreende um grupo complexo de mais de 50 tipos distintos da doença. Eles são agrupados de acordo com o tipo de célula afetada – linfócitos B, linfócitos T ou linfócitos NK (células natural killer). A grande maioria dos pacientes apresenta linfoma de células B.
O linfoma não Hodgkin também pode ser classificado quanto ao comportamento clínico, em indolente ou agressivo. Os linfomas indolentes costumam apresentar crescimento lento e progressivo, podendo se desenvolver ao longo dos anos, geralmente sem maior comprometimento do estado geral. Muitas vezes é possível um período de acompanhamento da evolução da doença, sem necessidade de tratamento na ocasião do diagnóstico. O principal representante desse grupo é o Linfoma folicular.
Já os linfomas de comportamento agressivo geralmente apresentam tumoração de crescimento rápido e podem dobrar de tamanho em semanas, frequentemente associado a comprometimento do estado geral, indicando necessidade de tratamento imediato. Os principais representantes desse grupo são: Linfoma difuso de grandes células B, Linfoma linfoblástico e Linfoma de Burkitt.
Sintomas
Os sintomas mais comuns incluem:
- Aumento indolor de linfonodos superficiais do pescoço, axilas e virilha;
- Febre;
- Cansaço;
- Suor noturno;
- Perda de peso sem motivo aparente.
Outros sintomas podem estar presentes de acordo com a localização da doença e sua velocidade de crescimento. Quando o linfoma atinge o tórax, pode haver tosse, falta de ar e dor no peito; se acomete o abdome, podem surgir sintomas de desconforto e distensão abdominal; casos de linfoma primário do sistema nervoso central ou a própria infiltração por doença avançada, podem apresentar quadro de confusão mental, dor de cabeça ou perda de força.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito através da biópsia de alguma lesão suspeita ou de um linfonodo aumentado, que posteriormente é enviado para exame patológico. Um médico patologista especializado é capaz de confirmar o diagnóstico e definir o subtipo de linfoma.
Exames de sangue, exames de imagem e a biópsia da medula óssea complementam a avaliação, permitindo adequada definição da extensão da doença e de fatores prognósticos.
Tratamento
O tratamento é individualizado e varia muito de acordo com o subtipo do linfoma. Quando indicado, ele é baseado em quimioterapia, podendo estar associada a imunoterapia, radioterapia e transplante de medula óssea. O intuito é o de destruir as células tumorais ou impedir o seu crescimento/multiplicação levando à remissão completa (ausência de qualquer sinal ou sintoma da doença). A terapia celular com CAR-T cell é uma nova opção de tratamento para os casos de doença refratária, ainda em fase de estudos, mas que já apontam resultados promissores.