A Ascaridíase é uma infecção causada pela presença de um verme, que se instala no interior do intestino do paciente. A infecção se dá por ingerir alimentos e água que entraram em contato com solo contaminado por fezes (excrementos) humanas contendo ovos ou por levar as mãos/dedos contaminados com sujeira à boca.
Os sintomas são diversos, desde febre, diarreia, náuseas, bronquite, pneumonia, convulsões e esgotamento físico e mental. E para prevenir é preciso ingerir somente água tratada, lavar bem frutas e legumes antes de ingeri-los, lavar sempre as mãos, entre outros.
Descubra mais e aprenda a higienizar bem os alimentos antes de cozinhar no novo episódio da série “Na Cozinha” com Laura Oliveira de Luna, nutricionista do nosso hospital.
Especialidade: Nutrologia
Ceias de Final de Ano: Uma alternativa para saborear os alimentos sem culpa
Nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz orienta sobre alimentação durante o período festivo
São Paulo, 19 de dezembro de 2023 – Dezembro é um mês repleto de comemorações, além das ceias de Natal e Ano Novo, datas que proporcionam o encontro das pessoas ao redor de mesas repletas de comidas e bebidas. Para auxiliar no preparo da alimentação durante o período, a nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Tarcila Campos, orienta e dá dicas para aproveitar as festas sem culpa.
De acordo com a especialista, é fundamental que as pessoas não vejam o alimento como o seu inimigo, sobretudo por ser uma época do ano repleta de confraternizações, algumas pessoas acabam exagerando e comendo além da conta, ocasionando o arrependimento quando o novo ano começa. Tarcila afirma que planejar a quantidade dos alimentos que serão feitos no cardápio das ceias é essencial para treinar o comportamento sobre os hábitos de consumo. Contudo, os alimentos não devem ser tratados como proibição.
Como opções de preparo para o cardápio das festas, a nutricionista recomenda a inclusão de saladas ricas em folhas verdes, frutas secas e legumes da estação. Carnes como peru, chester, tender, peixes e frango são excelentes opções de proteínas magras que auxiliam na sensação de saciedade. Preparações com grãos, como a lentilha, bastante consumida nessa época do ano, também podem ser incluídas no cardápio, além de serem opções ricas em fibras, importante para o bom funcionamento do intestino. Entre as frutas, evite as frutas em calda e prefira as frutas frescas. Além disso, elas podem ser consumidas in natura ou na decoração dos pratos principais das ceias.
A nutricionista também reforça a importância de se manter hidratado ao longo das comemorações, principalmente nos dias quentes, característicos do final de ano do Brasil. Evite exagerar no consumo de bebida alcoólica, prefira as opções sem álcool, preparações com frutas, água tônica e água de coco. Além disso, você pode fazer água saborizada com hortelã, rodelas de laranja e/ou limão que além de refrescar e hidratar dão um charme a mais quando montadas em jarras ou suqueiras. Evite bebidas industrializadas como sucos em pó e refrigerantes em geral.
Os cuidados com a saúde mesmo durante as festas
Tarcila lembra que os cuidados com a saúde não podem ser postos de lado durante as festas de Natal e Ano Novo. Por isso, pessoas que façam uso de medicamentos de uso contínuo ou que estejam em tratamento médico não devem abandonar as medicações e as recomendações dos especialistas durante as festas.
Abaixo segue uma opção de cardápio elaborado pela nutricionista:
Entrada:
- Salada de folhas verdes, uva Itália, pepino japonês e molho de iogurte natural com hortelã.
- Salpicão de frango ou atum: utilizar iogurte desnatado e ervas para temperar, acrescente maçã verde, cenoura e salsão.
Prato Principal:
- Peru assado. Enfeite com frutas como abacaxi.
Acompanhamento:
- Arroz com lentilha e amêndoas laminadas
- Farofa com couve.
Sobremesa:
- Gelatina Colorida
Antes e depois das ceias de Natal e Ano Novo
- Evite o jejum prolongado, pois ficar sem comer não dá o direito de a pessoa ingerir uma quantidade maior de alimentos na ceia
- Não faça repetições sobre as preparações mais calóricas e gordurosas em outros horários ou no decorrer da semana
- Lembre-se de hidratar o corpo ao longo do dia, tente ingerir ao menos seis a oito copos diariamente
- Não deixe de se exercitar.
ALIMENTOS ZERO
Alimentos zero. Comer ou não comer, eis a questão.
Sem açúcar, sem lactose, sem glúten… Conversamos com a nutricionista Tarcila Campos, do nosso Centro Especializado em Obesidade e Diabetes, para descobrir o que está por trás dos alimentos “zero”. E já adiantamos: comida saudável mesmo é comida de verdade.
Não faltam nas prateleiras dos mercados produtos que excluem determinados ingredientes – zero glúten, zero lactose, zero açúcar, entre outros. Mas o que isso quer dizer na prática? Esses alimentos são mesmo saudáveis? De acordo com Tarcila Campos, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a resposta é: depende. “É importante entender que a denominação zero, de acordo com a Anvisa, é usada quando aquele produto é literalmente zerado de tal nutriente ou substância”, ela explica. “Então não é porque zeramos um ingrediente que o alimento vai ser mais saudável, só estou o tornando mais seguro para quem tem uma determinada intolerância a ele, como pessoas com doença celíaca ou intolerantes à lactose”, explica.
Para a nutricionista, o velho hábito de ler o rótulo – e não se contentar apenas com o que propaga a embalagem – ainda é a melhor maneira de sabermos o que estamos ingerindo. “Quando lemos que tal produto tem zero gordura, zero açúcar ou zero sódio, é importante refletir: zerei tal substância e agora? O que sobrou nesse alimento?”, ela diz. Um bom exemplo é o chocolate diet: tira-se o açúcar da preparação, mas sua ausência é compensada com mais gordura, que é palatável. No final, entre um chocolate zero e um tradicional da mesma marca, a quantidade de carboidratos é provavelmente similar – ou seja, vale ponderar se há benefício na troca quando pensamos em controle glicêmico.
“Criar o hábito de ler rótulos é se conscientizar sobre a própria alimentação. E a regra aqui também é clássica: menos é mais. Quanto menos ingredientes, melhor”
Tarcila Campos, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

DISFARCE (IM)PERFEITO
Quando o assunto é alimentação com saúde, Tarcila também joga luz em uma questão cultural que movimenta essa indústria: a busca por tornar saudável um alimento que não é. “Se você quer comer um doce, coma. É melhor fazer o seu brigadeiro de panela e comer uma porção pequena do que se enganar que vai fazer um brigadeiro fit de whey protein. Brigadeiro fit de whey protein não é brigadeiro, é whey protein. Assim como espaguete de abobrinha não é espaguete, é abobrinha”, diz a nutricionista.
Além da tendência da transformação fit, existe também uma crença de que não há prazer em saborear um prato saudável, ou que as opções são limitadas. “A pessoa que quer se alimentar melhor não precisa resumir seu cardápio a saladas ou um prato de peito de frango com batata doce. É uma questão de fazer boas escolhas”, pontua Tarcila. “Está com vontade de comer um filé à parmegiana? Escolha uma carne magra, faça um molho de tomate caseiro, coloque uma fatia de muçarela e asse no forno. É uma opção gostosa e saudável.”
“Reduzir o açúcar nunca foi retórica para o aumento de consumo de adoçante. O ideal é aprendermos a apreciar o sabor natural dos alimentos, treinar o paladar com o amargo e o azedo”
Tarcila Campos, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

ORGANIZAÇÃO, EQUILÍBRIO E COMIDA DE VERDADE
Você já ouviu isso antes: quanto menos processados e ultraprocessados e mais alimentos in natura no seu prato, melhor. E provavelmente também já pensou: não tenho tempo para fazer comida fresquinha todo dia. Por isso, Tarcila ressalta que o segredo aqui é a organização. Planejar as refeições da semana e deixar tudo pronto ou pré-pronto preparado facilita a rotina e auxilia em uma alimentação adequada. Mais do que isso: ajuda a manter um (guarde esse termo) padrão nutricional saudável. “O padrão nutricional saudável é montado em cima das necessidades nutricionais do paciente e trabalhado com comida de verdade na qual nenhum alimento é vilão. Tem espaço para o doce no fim de semana, para o arroz com feijão que é a base da nossa alimentação, para o pão na chapa de manhã, basta estar dentro de um contexto organizado”, diz a nutricionista. “O problema é que, cada vez mais, a gente come o que dá, o que tem, quando dá. Tem dia que a pessoa toma café da manhã, tem dia que não, aí come cinco frutas num dia e nenhuma no outro. Como é que o corpo, que tem uma necessidade nutricional diária, vai conseguir se organizar dentro do que ele precisa?”
“Ficamos tentando encontrar alimentos vilões, quando, na verdade, a rotina não organizada é que é a grande vilã”
Tarcila Campos, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz
Nesse sentido, vale voltar um pouco ao que falamos acima: comer bem é – também – fazer boas escolhas. Isso inclui prestar atenção ao que, como, quando e quanto se come. E, claro, não se deixar enganar por embalagens atraentes. “Muita gente decide parar de comer glúten mesmo sem ter a doença celíaca, aí troca o pãozinho francês por um biscoito sem glúten extremamente industrializado, como se o glúten fosse mais nocivo do que qualquer outro ingrediente, como conservantes e corantes”, finaliza Tarcila.

PODCAST: O PERIGO DAS DIETAS RESTRITIVAS COM A CHEGADA DO VERÃO
Você sabia que 90 a 95% das pessoas que perdem peso rapidamente por meio de dietas muito restritivas voltam a engordar? Ouça o nosso podcast com a Tarcila Campos, nutricionista do nosso Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, e fique atento aos riscos que as dietas restritivas e da moda causam à saúde.
QUAIS ALIMENTOS AUXILIAM NO TRATAMENTO DA GASTRITE? | NA COZINHA
Você sabia que certos alimentos podem desencadear ou piorar os sintomas da gastrite?
Adotar uma alimentação equilibrada, evitar alimentos irritantes e seguir as recomendações médicas podem auxiliar no controle dos sintomas e na recuperação.
08/08 – Dia Nacional de Combate ao Colesterol
Cerca de 70% das mortes e dos eventos cardiovasculares poderiam ser evitados no Brasil por meio do controle efetivo sobre os fatores de risco
São Paulo, 3 de agosto de 2023 – 8 de agosto marca o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, um alerta sobre o controle precoce desse tipo de gordura, que, apesar de ajudar no funcionamento das células e na produção de hormônios, em excesso pode obstruir as artérias e aumentar o risco de doenças cardiovasculares, como o infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC).
De acordo com o estudo PURE, (Population Urban and Rural Epidemiology), coordenado no Brasil pelo Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em 2022, aproximadamente 70% das mortes e dos eventos cardiovasculares poderiam ser evitados com o controle efetivo sobre os fatores de risco, como hipertensão arterial e tabagismo. O estudo acompanhou uma população de 24.718 pessoas adultas, entre 35 e 70 anos, de 51 comunidades urbanas e 49 rurais no Brasil, Argentina, Chile e Colômbia, durante o tempo médio de 10 anos. Além disso, segundo estudo divulgado neste ano pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), uma em cada quatro crianças e adolescentes brasileiras apresentam altos índices de colesterol. Segundo o Dr. Leandro Costa, cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, “a mudança de estilo de vida, a adoção de atividade física regular e de uma alimentação saudável auxiliam muito no controle dos índices do colesterol em qualquer faixa etária”.
O especialista esclarece ainda que “existem pessoas que podem ter valores de colesterol elevado devido a fatores genéticos. Por esse motivo, é fundamental que a população jovem faça exames de sangue periodicamente, para acompanhamento e tratamento adequado a partir dos 18 anos”, disse.
O colesterol atua como componente de todas as membranas das células presentes no corpo humano. É essencial para a manutenção do nosso organismo, mas passa a ser um problema quando ele se encontra em níveis acima de 190 mg/dl.
Os tipos de colesterol incluem, o LDL conhecido como “colesterol ruim”, pois em excesso, pode ser depositado nas paredes das artérias, aumentando o risco de obstrução e, consequentemente, de problemas como o infarto e acidente vascular cerebral (AVC). E o HDL, que ao contrário do LDL, é caracterizado como “colesterol bom” e seu nível deve ser mantido alto, pois ele ajuda a evitar as placas de LDL formadas nos vasos sanguíneos, limpando as artérias da gordura prejudicial à saúde do corpo humano.
Os fatores de risco associados ao aumento colesterol ruim são mais perceptíveis em pessoas com obesidade principalmente a obesidade abdominal, a famosa barriguinha, tabagistas e com histórico familiar de doenças cardiovasculares. De acordo com o Ministério da Saúde, todos os anos, cerca de 360 mil brasileiros vão a óbito em decorrência de doenças cardiovasculares.
O papel da alimentação saudável no controle do colesterol
Uma alimentação saudável é fundamental para evitar alterações nos níveis de colesterol no sangue e, como consequência, doenças cardiovasculares. Dessa forma, é fundamental que o consumo de alimentos naturais comece ainda na juventude. A alimentação balanceada com bom senso, boa mastigação e preocupação com a saúde bucal fará toda a diferença.
A nutricionista, Tarcila Campos, do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz esclarece que “uma alimentação rica fibras naturais, como, frutas, legumes e verduras aumenta as chances de a pessoa manter os níveis de colesterol em equilíbrio. Além disso, a prática de atividade física tem um efeito fundamental na prevenção de infartos e AVCs”.
Confira abaixo dicas dos especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz para manter o colesterol sob controle:
- Faça a preparação dos alimentos assados, cozidos ou grelhados;
- Aumente o consumo de cereais integrais como, farelo de trigo, farelo de aveia. Substitua, sempre que possível massas e pães feitos de farinha branca, por opções integrais;
- No almoço e no jantar consuma boas quantidades de hortaliças folhosas, como alface, agrião, escarola, rúcula;
- Tempere as saladas azeite de oliva preferencialmente o extravirgem;
- Opte por leite e iogurtes desnatados;
- Prefira queijo branco fresco e ricota, ao invés dos queijos amarelos;
- Evite produtos industrializados, ricos em gordura trans como: biscoitos recheados e amanteigados, salgadinhos ricos em corantes;
- Evite o consumo de frituras e prefira carnes magras, com menores concentrações de gorduras;
- Abandone o tabagismo;
- Reduza o consumo de refrigerantes e de bebidas alcoólicas.
É ARRISCADO COMER CARNE DE PORCO? | NA COZINHA
Você sabia que a cisticercose está diretamente relacionada ao consumo de carne suína contaminada com larvas do parasita Taenia solium?
Os sintomas incluem convulsões, dores de cabeça, distúrbios de visão e alterações comportamentais. A adoção de boas práticas de manipulação e preparo dos alimentos é fundamental para prevenir essa infecção.
Festas Juninas e os cuidados para manter uma alimentação saudável
Nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz orienta sobre as melhores opções para comer durante o período
São Paulo, 19 de junho de 2023 – Neste mês de junho, é aberta a temporada de festas juninas em todo o país. O evento reúne as pessoas, principalmente para se deliciar com as comidas típicas. Contudo, o consumo excessivo pode prejudicar a saúde. Pensando nisso, a nutricionista Tarcila Campos, do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, dá dicas para o consumo e modo de preparo dos alimentos de forma mais saudável. Confira as orientações da especialista:
Atenção com a elaboração dos alimentos:
- Canjica: Ela é rica em fibras, auxilia no emagrecimento e na redução do colesterol, mas cuidado com o excesso de leite condensado, opte por produtos com menor concentração de açúcar e leites reduzidos de gordura;
- Milho: Ele tem uma grande quantidade de carboidratos, fibras e antioxidantes e ajuda na saúde dos olhos, pele e intestino, além de fortalecer o sistema imunológico. Equilibre a quantidade de manteiga na hora de montar o prato, seja um bolo, milho cozido ou até mesmo a pipoca. Vale se atentar também a quantidade de sal adicionado;
- Alimentos à base de amendoim: Cautela na quantidade consumida, pois o amendoim por si só já tem gorduras na sua composição e na hora de preparar pratos com ele, cuidado com a quantidade de açúcar no pé de moleque e pé de moça, por exemplo. Os alimentos à base de amendoim previnem anemia e auxiliam na recuperação e desenvolvimento muscular;
- Maçã do amor: Não abuse, pois nessa preparação existe boa quantidade de açúcar e às vezes corantes. A maçã combate a prisão de ventre, previne doenças cardiovasculares e melhora a função cerebral.
Pessoas com diabetes: Qual a alimentação ideal?
Segundo a Federação Internacional de Diabetes (FID), até 2045, 1 em cada 8 adultos viverá com diabetes. Para esse público, é necessário cuidado com o excesso no consumo dos alimentos, em especial os que contêm açúcares, como bolo de cocada e doce de abóbora. No entanto, equilibrando a quantidade e prestando atenção no modo de preparo, os alimentos podem ser consumidos normalmente, afirma Tarcila.
A especialista reforça também a Importância de pacientes com diabetes não descuidarem do tratamento e do uso das medicações prescritas pelo médico durante as celebrações juninas e lembrar a importância de realizar a monitorização da glicemia para conhecer o efeito dos alimentos no corpo e se necessário fazer ajustes na insulina conforme e a prescrição da sua equipe de saúde quando for necessário.
Evite o consumo de alimentos ultraprocessados
De acordo com um estudo divulgado, neste ano, pela Revista de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), nos últimos dez anos, o consumo de alimentos ultraprocessados pelos brasileiros teve aumento médio de 5,5%.
Esses alimentos, como salsichas, presuntos e refrigerantes não são recomendamos para consumo, neste período de festas juninas e nem durante o ano. Para a sua fabricação, são realizadas diversas etapas e técnicas de processamento, alterando a qualidade nutricional, apresentando elevada quantidade de gordura, sal e açúcar e alto teor de sódio.
“Nas festas juninas, evite os alimentos ultraprocessados, busque alternativas mais saudáveis como, por exemplo, tapioca ou carne desfiada com pão integral. As bebidas típicas como quentão e vinho quente costumam ser preparadas com muito açúcar, então procure substituí-los por sucos naturais”, reforça a nutricionista.
Nutrientes na veia: conheça a soroterapia e seus riscos
Aplicação de vitaminas e minerais direto na corrente sanguínea promete turbinar a imunidade, melhorar a aparência e aliviar o estresse. Método é perigoso
Pela via injetável, as vitaminas são absorvidas mais rapidamente – isso é útil a pessoas com certas doenças ou condições, mas arriscado quando adotado por pessoas saudáveis, sem recomendação médica.
O consumo indiscriminado de vitaminas e minerais em cápsulas, gomas e afins – que são vendidos sem prescrição nas farmácias – sempre preocupou profissionais de saúde. Afinal, doses extras de nutrientes nem sempre se traduzem em benefícios ao organismo.
Agora, uma nova modalidade de suplementação acende um alerta ainda mais enérgico. Trata-se da chamada soroterapia, caracterizada pela aplicação intramuscular ou endovenosa de uma série de substâncias.
As promessas variam: vão desde turbinar a imunidade e aumentar a energia até melhorar a memória e a aparência. Devido à popularidade das questões estéticas, muitas vezes a injeção é inclusive chamada de “soro da beleza”.
O assunto chamou a atenção quando veio à tona a história de uma grávida de 8 meses que morreu após tomar um coquetel de vitaminas em uma farmácia de Cuiabá (MT).
O objetivo era reforçar a imunidade, já que a mulher estava com sintomas gripais. O bebê também não resistiu.
Aplicações na veia precisam de indicação real
Se os profissionais de saúde já pedem prudência em relação ao consumo de vitaminas e minerais via oral, imagine quando se fala em suplementação direto na veia, que culmina na absorção das substâncias de forma praticamente instantânea.
“Há riscos de intoxicação, arritmia e outras complicações”, alerta a médica Marcella Garcez, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).
A gestante que morreu em Cuiabá teve suspeita de choque anafilático, quando ocorre uma reação alérgica grave e letal. Ela recebeu um coquetel formado pelas vitaminas C e do complexo B.
Em nota, o Conselho Federal de Farmácia destacou que a mistura é contraindicada em caso de gravidez.
Não significa, porém, que a suplementação endovenosa não tenha valor em absolutamente nenhum cenário.
“A soroterapia é útil quando o indivíduo necessita dessa rápida absorção por algum motivo, como no caso de pacientes que fizeram uma cirurgia bariátrica ou que possuem doenças inflamatórias intestinais. Essas condições impedem o sistema digestivo de metabolizar os nutrientes tomados via oral” informa Marcella.
“É como utilizar um remédio para hipertensão: é preciso ter prescrição e contar com acompanhamento médico”, compara Andrea Bottoni, nutrólogo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Ou seja, não é para qualquer pessoa.
“O problema é que isso foi banalizado e, hoje, há misturas voltadas a questões estéticas, imunidade…”, analisa a nutróloga.
Ela lembra que essa “moda” se disseminou a partir da pandemia do coronavírus. No desespero de aprimorar as defesas naturais do organismo, muitos caíram no conto da soroterapia.
Além de ser fundamental ter uma indicação clara para recorrer a esse método de suplementação, o processo precisa acontecer em ambiente hospitalar ou em clínica credenciada – justamente devido aos riscos envolvidos.
“Esses locais são fiscalizados e seguem um protocolo para ter a permissão de oferecer a soroterapia. Ao menor sinal de problema, é essencial contar com uma equipe de emergência”, ressalta Marcella.
Também há farmácias credenciadas para realizar esse tipo de serviço, mas, segundo o Conselho Federal de Farmácia, nunca em pacientes grávidas.
Por que até a ingestão oral de nutrientes exige cautela
Nas farmácias, há prateleiras lotadas de suplementos de todos os tipos (com misturas de vitaminas e minerais ou substâncias isoladas) e em vários formatos (cápsula, pó e goma são exemplos).
E ninguém precisa de prescrição médica para levar um produto desses para casa.
Mas o fato de o consumo ocorrer via oral não significa que os riscos são nulos. Veja:
Quando não há deficiência comprovada de algum nutriente, apostar na suplementação pode levar a uma situação de excesso.
Por exemplo: o abuso de vitamina C, popular entre quem quer manter a imunidade em alta, pode levar a problemas como diarreia e distúrbios gastrointestinais.
Antes de recorrer a produtos desse tipo, o ideal é consultar um profissional de saúde e verificar se realmente há uma questão de déficit nutricional para ser corrigido.
Para não sofrer com baixas nutricionais, a melhor saída é investir em uma alimentação equilibrada e diversificada. “Quem come vegetais de todas as cores e evita produtos ultraprocessados dificilmente terá alguma deficiência. É preciso valorizar o que é natural”, aconselha Bottoni.
“Uma casa firme é construída tijolo a tijolo. Para ficarmos mais bonitos, fortes e saudáveis, devemos construir bons hábitos e conquistar esses ganhos com o tempo”, completa o nutrólogo.
Em resumo, é crucial não acreditar em milagres – sejam eles vendidos em forma de injeções, cápsulas, shots e afins.
Como manter a alimentação saudável durante a Páscoa?
Nutricionista orienta sobre as melhores opções de alimentos para comer durante o feriado e alerta sobre quais os cuidados quem tem diabetes deve adotar
São Paulo, 30 de março de 2023 – Com a chegada da Páscoa, é comum que as pessoas se deliciem com chocolates. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) a indústria de chocolates registrou, no primeiro semestre de 2022, um crescimento de 11,43% na produção de chocolates, se comparado ao mesmo período do ano anterior. No total, foram 370 mil toneladas, ante 332 mil produzidas em 2021.
No entanto, o consumo excessivo pode prejudicar a saúde. Pensando nisso, a nutricionista Bruna Lima, do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, dá dicas para um consumo saudável de alimentos neste período. Confira as orientações da especialista:
Como montar um cardápio equilibrado para o almoço de Páscoa?
- Peixes são uma excelente opção como prato principal: além de serem uma tradição na Páscoa, eles são ricos em Ômega-3, um nutriente importante para a saúde do coração e do cérebro. Dê preferência aos peixes grelhados ou assados, ao invés dos fritos, que são mais calóricos e podem fazer mal para a saúde.
- Vegetais coloridos: na hora de montar o prato, procure incluir vegetais coloridos, como cenoura, beterraba, espinafre e brócolis. Eles são ricos em vitaminas e antioxidantes que ajudam a prevenir doenças e a manter o corpo saudável.
- Saladas: são uma opção saudável e refrescante para acompanhar o almoço de Páscoa. Procure incluir ingredientes como folhas verdes, tomate, pepino, cebola e cenoura.
- Arroz integral: em substituição ao arroz branco, o integral é mais saudável, por ser rico em fibras e nutrientes.
Chocolate pode na dieta?
- Moderação é a chave: os ovos de chocolate, são ricos em calorias, açúcares e gorduras, portanto, a quantidade consumida deve ser moderada. É importante ter cautela na quantidade e na frequência do consumo. Além disso, é preciso estar atento à composição nutricional dos chocolates escolhidos.
- Prefira os chocolates amargos: são os mais indicados para consumo, pois contêm alto teor de cacau e pouca adição de açúcar, além de serem ricos em antioxidantes que auxiliam na diminuição dos níveis de LDL (mau colesterol) e da pressão arterial.
- Escolha bem os chocolates: é importante ler os rótulos dos produtos para saber a quantidade de carboidratos contida em cada porção. Por exemplo, 25 gramas de chocolate ao leite têm em média 13 gramas de carboidratos, que equivale a uma fruta média, uma fatia de pão de forma, um copo de leite integral ou uma colher de açúcar. No ano passado, a nova rotulagem de alimentos foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A partir de então, uma imagem de lupa virá na parte frontal dos alimentos industrializados e os consumidores poderão facilmente visualizar se esses produtos contêm quantidades em excesso de açúcares, sódio e gorduras saturadas em sua composição.
- Se for consumir o chocolate ou qualquer outra sobremesa, prefira fazê-lo logo após as refeições: isso pode amenizar os efeitos do chocolate sobre a glicemia. A presença de outros nutrientes, como as fibras encontradas em leguminosas, legumes e folhas verde-escuras, faz com que a absorção não seja tão imediata e não eleve tão bruscamente a taxa glicêmica.
Antes de escolher, conheça melhor a composição dos tipos de chocolate:
Chocolate de soja | Ideal para veganos e pessoas com intolerância alimentar. A quantidade recomendada deve ser igual a 30 gramas. |
Chocolate Amargo | Contém grãos de cacau torrados, sem adição de leite, com pouca adição de açúcar. Estudos recentes sugerem que antioxidantes presentes no chocolate amargo, auxiliam na diminuição dos níveis de LDL (mau colesterol) e da pressão arterial. Existem chocolates extra-amargos (75 a 85% de cacau), amargos (50 a 75% de cacau) e meio amargo (35 a 50% de cacau). Mesmo com tantas propriedades devem ser consumidos com moderação: 30 gramas. |
Chocolate Diet | É composto por massa e manteiga de cacau, leite em pó e adoçantes (sorbitol, sacarina, sucralose, aspartame). Apesar de não conter açúcar em sua composição o chocolate diet apresenta alto teor de gordura, contribuindo para o aumento de peso, portanto, influenciando no controle glicêmico. |
Chocolate ao Leite | Contém cerca de 30% de cacau, os 70% restantes são açúcar, manteiga de cacau, leite, soro lácteo, emulsionante e aromas. A quantidade consumida deve ser de no máximo 30 gramas. |
Chocolate Branco | Apresenta um alto teor de gordura saturada em sua composição. É produzido a partir da manteiga de cacau, sem propriedades benéficas. |
Tenho diabetes posso comer chocolate?
Quem tem diabetes deve redobrar a atenção. A ingestão diária dos carboidratos, somados ao consumo de chocolates, pode impactar o controle da glicemia. “Quem faz uso de insulina para dar cobertura nas refeições, deve ajustar a dose de acordo com a quantidade do carboidrato a ser ingerido, conforme prescrição médica. E para aqueles que tomam medicação regular, que não abandonem o tratamento”, indica a nutricionista.
Furei a dieta e agora?
Se por acaso você furar a dieta na Páscoa, o ideal é não se desesperar. É importante lembrar que momentos de celebração são importantes e não devem ser fonte de culpa. “O ideal é manter o controle glicêmico e as medicações prescritas pelos médicos mesmo durante o feriado e, após os dias de festas, retomar a dieta normalmente no próximo dia e evitar repetir os excessos. Além disso, é importante manter a atividade física, hidratação, alimentação balanceada nos dias seguintes para equilibrar a ingestão de calorias e nutrientes”, completa.
Especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz dá sugestões de ceias saudáveis para as festas de final de ano
Equilibrando a quantidade e a qualidade dos alimentos, é possível aproveitar ainda mais os cardápios festivos e evitar os exageros
São Paulo, 20 dezembro de 2022 – Com a chegada das diversas confraternizações de final de ano, além do Natal e do Réveillon, muitas pessoas ficam em dúvida sobre o que comer e com a escolha do melhor cardápio. Parece difícil conciliar receitas tradicionais e gostosuras típicas dessa época com uma alimentação saudável. Mas afinal, como aproveitar o melhor das festas sem se preocupar com quilos extras e evitando excessos?
Segundo Tarcila Campos, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, as ceias ideias são aquelas nas quais o contexto familiar está associado, mas que não deixam de trazer às preparações grupos nutricionais importantes, como frutas, verduras, legumes e carboidratos.
“Quando montamos uma salada, por exemplo, vale seguir pelo caminho mais clássico, misturando folhas, legumes e frutas e evitando muita maionese e molhos a base de ingredientes açucarados”, fala a nutricionista. “Na hora do carboidrato, tem família que faz sua tradicional farofa; outra que prefere o arroz. Nesse momento, a dica é incluir ingredientes como vegetais e oleaginosas (como castanhas) à preparação, para adquirir uma combinação que deixe esse carboidrato diferente, com cara de festa, inserindo fibras e gordura de boa qualidade. Apostar em preparações mais leves, já que falamos de um período do ano que apresenta temperaturas mais elevadas, também é uma boa opção”.
Tarcila acrescenta ainda que além dos cuidados com a alimentação, é muito importante manter a hidratação e ter moderação com a bebida alcoólica, que pode ser consumida, mas sem exageros. “É importante cuidar da hidratação e, para isso, vale intercalar líquidos que não necessariamente precisam ser água ou refrigerante. Preparar uma água aromatizada, por exemplo (com rodelas de limão ou laranja, canela em pau, hortelã e/ou capim santo), que fica bonita e chamativa na mesa, pode inclusive estimular a hidratação”, reforça a nutricionista.
E a sobremesa?
É claro que vai ter sobremesa. Mas, a especialista aponta que é importante tentar evitar o consumo de muitas variedades de doces, sempre lembrar das frutas na hora de montar a mesa e evitar aqueles itens mais açucarados e gordurosos.
“Vale fazer a receita clássica familiar, mas tendo atenção à escolha dos ingredientes para o preparo. Por exemplo, se optar por uma mousse de chocolate, é melhor utilizar um produto com maior concentração de cacau. Se preferir sorvete, escolha entre aqueles feitos à base de água e frutas, que possuem menor quantidade de gorduras”, explica a especialista. “Costumamos dizer em nutrição que pode comer de tudo – mas não tudo. O que é mandatório é a quantidade, em qualquer ocasião. É preciso trazer equilíbrio e buscar fornecer todos os nutrientes que o corpo precisa”.
Exagerei! E agora?
Nesses dias de festas, é comum ter uma refeição diferenciada e aumentar a quantidade de alimentos consumida normalmente. Sair um pouco do cardápio habitual faz parte, nessa época do ano, e não vai “levar por água abaixo” toda a dedicação que a pessoa teve durante o ano com a alimentação. Mas, de acordo com a nutricionista, nos dias seguintes às festas e celebrações, é importante retomar os cuidados não só com a alimentação, mas ainda com a hidratação e a atividade física.
“O recomendável é não emendar a semana entre Natal e Ano Novo comendo de forma exagerada, já que não existe receita milagrosa, aquela do dia seguinte, para compensar os excessos”, aponta Tarcila. “Em geral, a orientação é retomar o estilo de vida saudável, voltar a ter refeições organizadas e planejadas ao longo do dia, tentar compor os pratos com frutas, legumes e verduras, que são os alimentos que mais nos ajudam nesse detox do organismo, e retomar a prática de atividade física e a atenção com a hidratação. Tudo isso vai contribuir para que o planejamento, o tempo dedicado e o controle que a pessoa teve ao longo do ano inteiro não sejam comprometidos”, conclui.
Abaixo seguem algumas opções de cardápio elaborados pela nutricionista:
Opção 1 – Ceia Leve
Entrada
Salada de folhas verdes, uva itália, pepino japonês e molho de iogurte natural com hortelã.
Salpicão de Frango ou Atum: utilizar iogurte desnatado e ervas para temperar, acrescentar maçã, cenoura e salsão.
Prato Principal
Peru assado. Enfeitar com frutas como abacaxi.
Acompanhamento
Arroz com passas e amêndoas.
Farofa com couve.
Sobremesa
Gelatina colorida
Taça de frutas com sorbet de limão
Opção 2 – Cardápio Vegano
Entrada
Tomate recheado com lentilha.
Salada de alho-poró com maçã verde e tofu.
Prato principal
Seitan (espécie de carne de glúten para substituir o tender, peru ou pernil) ao molho madeira.
Strogonoff de palmito.
Acompanhamento
Arroz sete grãos.
Farofa de castanha.
Sobremesa
Pavê de pêssego.
Panetone de frutas.
Sugestão 3 – Cardápio para intolerantes ao glúten ou lactose
Entrada
Rolinho de berinjela e abobrinha.
Bruschetta de shimeji.
Prato Principal
Bacalhoada.
Acompanhamento
Risoto de quinoa.
Sobremesa
Bolo natalino de frutas secas (sem glúten e sem lactose).