6 mitos e o que é verdade sobre a hemofilia

Data: 16/04/2025 Publicado em: EM.COM.BR/BELO HORIZONTE

Especialista do Hospital Oswaldo Cruz tira dúvidas comuns sobre a doença e reforça a importância do diagnóstico e tratamento

Nesta quinta-feira, 17 de abril, é celebrado o Dia Mundial da Hemofilia, data que chama atenção para uma condição genética rara, crônica e muitas vezes cercada de desinformação.

A doença, que causa dificuldade de coagulação do sangue pode provocar sangramentos internos perigosos e quando não tratada adequadamente pode comprometer seriamente a qualidade de vida do paciente.

A hemofilia é classificada em dois tipos principais: hemofilia A, causada pela deficiência do fator VIII da coagulação, é a forma mais comum, representando cerca de 80% dos casos diagnosticados. E hemofilia B, relacionada à ausência ou baixa atividade do fator IX, também conhecida como doença de Christmas, ela é menos frequente, mas os sintomas e a gravidade são semelhantes. Segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, o Brasil possui mais de 13.800 pessoas diagnosticadas com a enfermidade.

Para esclarecer as dúvidas mais comuns, Otávio Baiocchi, hematologista e head do Centro Especializado em Linfoma e Mieloma do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, explica os principais mitos e verdades sobre o tema e reforça a importância da informação qualificada.

A hemofilia ainda é pouco compreendida fora dos ambientes médicos. Muitos pacientes chegam ao diagnóstico depois de episódios graves e evitáveis. Falar sobre o tema de forma clara é essencial para estimular o diagnóstico precoce, reduzir estigmas e orientar famílias sobre o tratamento correto”, afirma o Baiocchi.

Mitos e Verdades

1.Pessoas com hemofilia sangram mais rápido?

Mito.

Pacientes com hemofilia não sangram mais rápido, mas sim por mais tempo. O que acontece é uma deficiência em um dos fatores de coagulação que impede a formação adequada do coágulo”, explica Dr. Otávio Baiocchi.

2.Pequenos cortes são perigosos para quem tem hemofilia?

Parcialmente verdadeiro.

Segundo o especialista, pequenos cortes superficiais podem ser controlados com os cuidados usuais. “As maiores preocupações estão em sangramentos internos, como em articulações e músculos, que não são visíveis de imediato, mas podem causar dor e sequelas permanentes.

3.Hemofilia só afeta homens?

Mito.

Embora a hemofilia A e B sejam doenças ligadas ao cromossomo Y, o que faz com que os homens sejam mais frequentemente afetados, mulheres podem ser portadoras e, em casos mais raros, apresentar sintomas. “As mulheres que carregam o gene podem ter níveis reduzidos do fator de coagulação e, por isso, também devem ser acompanhadas”, destaca o médico.

4.Quem tem hemofilia não pode praticar atividades físicas?

Mito.

A prática de exercícios físicos, sob orientação médica, é altamente recomendada. “Atividades como natação, caminhada e musculação leve ajudam a fortalecer músculos e articulações, prevenindo sangramentos espontâneos”, afirma Dr. Baiocchi.

5.Toda hemofilia é grave?

Mito.

Existem diferentes graus de hemofilia: leve, moderada e grave. “Nem todos os pacientes apresentam sangramentos frequentes. Alguns só descobrem a condição após uma cirurgia ou um trauma mais sério.

6.Hemofilia tem tratamento?

Verdade.

Hoje temos tratamentos eficazes que consistem na reposição do fator de coagulação ausente ou disfuncional, inclusive com medicamentos de longa duração e terapias profiláticas, que previnem sangramentos e melhoram significativamente a qualidade de vida”, reforça o especialista.


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