Câncer na panturrilha? Conheça os sarcomas de partes moles

Data: 01/09/2022 Publicado em: Parana Centro

Existe câncer na panturrilha? Os sarcomas podem ocorrer em qualquer parte do organismo, mas é comum que eles atinjam os membros inferiores, como a panturrilha e os pés.

A grande maioria das pessoas costuma associar a ocorrência de tumores em órgãos como pâncreas, mamas e fígado, que realmente são mais incidentes na população brasileira. Entretanto, entre 1% e 2% dos tumores também podem acometer tendões, músculos e cartilagem, e são denominados sarcomas de partes moles.

Os sarcomas podem ocorrer em qualquer parte do organismo, como braços, costas, coxas e abdômen, mas é comum que eles acometam os membros inferiores, como a panturrilha e os pés. Quando atingem os ossos são denominados osteossarcomas (mais comuns em crianças e adolescentes).

O diagnóstico precoce é essencial, pois, dependendo do grau de malignidade do tumor, ele pode se espalhar mais facilmente pelo organismo. Os graus são divididos em baixo, intermediário e alto.

“Nos membros inferiores, por exemplo, um dos órgãos frequentemente atingidos por metástase é o pulmão”, explica o dr. Waldec Jorge, oncologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Como identificar? Normalmente os sarcomas não manifestam sintomas nos estágios iniciais, o que torna a sua identificação desafiadora. Entretanto, o dr. Waldeck explica que na região dos braços e pernas, onde há menos gordura, é possível notar nódulos que vão aumentando de tamanho e que podem provocar dor com o passar do tempo. Sintomas como febre, perda de peso ou falta de apetite são raros.

“Um exame físico já aumenta a suspeita do diagnóstico. Muitas vezes, o único sintoma é um incômodo local com um caroço em crescimento”, complementa Waldec.

Já nos sarcomas que atingem os ossos, a dor é o principal sintoma. É possível descrever como uma dor que vai e volta e fica sempre pior no período noturno. A localização dessa dor costuma ser no osso da coxa (fêmur), um dos ossos mais longos do corpo humano.

Como tratar sarcomas? Para os sarcomas de baixo grau e que se desenvolvem mais lentamente, a base do tratamento é cirúrgica, além da radioterapia para minimizar a recorrência do tumor.

“Tumores de alto grau e de crescimento e que se espalham rápido são mais sensíveis à quimioterapia. É por isso que a escolha do tratamento em si vai depender do sarcoma que estamos tratando e do seu grau de estadiamento”, diz o oncologista.

Diagnóstico precoce Diferentemente dos tumores de próstata e mama, em que é possível a partir de certa idade fazer exames específicos a fim de identificar a doença mais precocemente, no caso dos sarcomas não há exames do gênero. Entretanto, é importante ficar atento a questões de hereditariedade.

“Para os sarcomas não há nenhum padrão de rastreamento, exceto nas situações em que há uma predisposição estabelecida. Pelo histórico familiar é possível notar quando há alguma alteração genética. Existem famílias com três, quatro casos, por isso é importante investigar, pois alterações genéticas herdadas, como a síndrome de Li-Fraumeni, podem ser responsáveis por elevar o risco de desenvolvimento desse tipo de câncer”, elucida Waldec.


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