Gastrite eosinofílica: o que é, sintomas e tratamento

Data: 11/07/2023 Publicado em: Vitat - SP

Índice de conteúdo Quem convive com a gastrite sabe que ela pode gerar sintomas bastante incômodos.

E entre os tipos da condição, existe um mais raro e menos conhecido: a gastrite eosinofílica . Saiba mais sobre o assunto a seguir:

Afinal, o que é a gastrite eosinofílica?

De acordo com o Dr Rafael Bandeira, gastroenterologista do Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a gastrite eosinofílica é “um tipo raro de gastrite que, apesar de não ter uma patogênese ainda muito bem estabelecida, está associada a quadros alérgicos, como asma rinite e eczema”.

Segundo o Manual MSD, a condição também pode se originar de uma reação do corpo a infestação por nematelmintos (lombrigas).

Existem, inclusive, outras doenças eosinofílicas do trato digestivo: esofagite, enterite e colite eosinofílicas, por exemplo. “A mais comum e conhecida delas é a esofagite, que acomete cerca de 60 a cada 100 mil pessoas e é marcada principalmente por queixas de entalos e sintomas semelhantes à doença do refluxo gastroesofágico”, complementa o especialista.

No caso da gastrite eosinofílica, ocorre o acúmulo exagerado de eosinófilos (células responsáveis pela defesa do organismo contra parasitas e outros agentes infecciosos) na parede do estômago, o que resulta em inflamação do local.

Quais os principais sintomas?

O médico explica que o quadro clínico pode ser muito inespecífico. Contudo, os sintomas mais comuns incluem:

  • Dor abdominal;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Diarreia.

Diagnóstico da gastrite eosinofílica

“O diagnóstico se dá com a realização de biópsias durante a endoscopia, que demonstram uma gastrite com grande número de células inflamatórias chamadas de eosinófilos”, explica o Dr Rafael Bandeira.

Tem cura? Como é feito o tratamento?

O curso da doença pode se apresentar como surto único (cerca de 40% dos casos); evoluir com sintomas recorrentes (períodos de crises e remissões) em também 40% das pessoas; ou com sintomas crônicos (persistentes por mais de 6 meses) em 20% dos pacientes.

“O tratamento irá depender de cada caso. Pacientes com doença leve podem ser tratados inicialmente com sintomáticos, ao passo que os demais necessitam de terapia mais agressiva. A retirada empírica dos antígenos alimentares mais comumente implicados como potenciais alérgenos é uma opção válida, mas deve ser feita em acompanhamento com profissional. Em alguns casos, pode ser necessário uso de corticoides e medicamentos que reduzem a imunidade”, finaliza o médico.


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