Apesar de atingir apenas 2% da população do País, a doença se concentra nas regiões Norte e Nordeste por estar associada a condições socioeconômicas.
Tumores penianos são considerados raros, porém sua incidência está diretamente ligada a baixas condições socioeconômicas, o que coloca o Norte e o Nordeste do País em evidência, onde a doença é cinco vezes mais frequente que em outras regiões. “O Brasil, atualmente, está em terceiro lugar no ranking da doença no mundo, após Índia e Uganda. Esta classificação pode ser facilmente mudada com educação da população sobre hábitos de higiene” afirma o Dr. Luiz Carlos Neves de Oliveira, urologista do Instituto da Próstata e Doenças Urológicas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Usualmente, este tumor pode acometer pacientes entre 40 e 60 anos de idade, com higiene genital precária, fimose ou infecção pelo HPV (papilomavírus humano). A neoplasia decorrente da fimose por falta de higiene (75% a 90% dos casos) pode estar relacionada à irritação causada pela secreção branca produzida pelo pênis. Este tumor é raríssimo, por exemplo, em homens submetidos a tratamento da fimose durante o período neonatal; já as operações feitas em idade adulta não previnem o câncer.
Em 80% dos casos deste tipo de tumor, a cura pode ser total se diagnosticado nos primeiros dois anos da doença, já que as células afetadas ainda estão na região do pênis e não atingiram os linfonodos, nos quais a progressão da doença é rápida e pode ser fatal.
Os primeiros sintomas podem ser identificados por pequenas lesões na glande e no prepúcio, e o diagnóstico pode ser confirmado por exames clínicos e biópsia. Segundo Dr. Luiz Carlos, o câncer de pênis pode ser fatal e apresentar sérias complicações, por isso, é importante o acompanhamento médico e a constante educação para a higiene básica.