Isolamento social: saiba como ele pode afetar sua memória

São Paulo, 31 de julho de 2020 – Embora as falhas sejam mais frequentes a partir dos 60 anos, a queixa de falta de memória não é necessariamente sinônimo de uma doença neurológica mais grave e exclusiva aos idosos. O isolamento social imposto pela pandemia do Coronavírus tem aumentado relatos de sofrimento por depressão, ansiedade e estresse. Todos esses transtornos podem afetar ativamente a qualidade da memória da população, e mesmo com flexibilizações da quarentena, podem levar um tempo para se recuperar de tais impactos.

“Além do estresse causado pelo isolamento social, ainda persiste na população o medo de contaminação, a ansiedade em retomar as atividades, as frustrações do que ficou para trás e incertezas com relação ao futuro. São situações de nervosismo que acarretam os transtornos do humor, como ansiedade e depressão, que impactam no funcionamento da nossa memória”, explica o Dr. Diogo Haddad, neurologista e coordenador do Núcleo da Memória da Unidade Campo Belo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Como isso acontece?

Quando a pessoa passa por uma situação ou período constante de estresse, o sistema nervoso simpático, que prepara o organismo para reagir e suportar situações de medo, perigo, esforço psíquico e físico, libera adrenalina. Enquanto o eixo HPA (Hipotálamo-hipófise -Adrenal), um sistema neuroendócrino, libera o cortisol, conhecido como hormônio do estresse. Esses dois processos acabam influenciado no hipocampo, região responsável pela memória, que pode perder sua plasticidade, principalmente em casos de um isolamento muito severo, como em uma solitária.

“Todos esses desequilíbrios nessas regiões cerebrais acabam comprometendo o aprendizado, a retenção de novas informações e na realização das tarefas diárias. A pessoa fica mais desatenta, com sua capacidade de concentração comprometida”, comenta o neurologista.

Cuidados com a memória

Em pessoas mais velhas, e já com diagnóstico de demência, a atenção diante do isolamento devido à Covid-19 precisa ser redobrada. Além de poder ter dificuldades para lembrar dos procedimentos de segurança, como o uso de máscaras e higienização, e pouca habilidade para lidar com as ferramentas tecnológicas de comunicação, idosos com a doença podem sofrer ainda mais com o aumento dos níveis de estresse e ansiedade, piorando a doença que está em tratamento.

Para tentar amenizar os efeitos do isolamento e manter a memória firme e forte, uma alimentação saudável, boas noites de sono e práticia de atividade física são importantes para conter alterações cognitivas. Atividades simples, que ativam e estimulam o cérebro também ajudam, como leitura, jogos, escrita, começar novas atividades etc. Técnicas de redução de estresse, exercícios de relaxamento ou meditação e atendimento psicológico também são recomendados.

Mas, caso o problema persista e se torne progressivo e rotineiro, é importante procurar um especialista para um diagnóstico mais preciso. O Núcleo da Memória da Unidade Campo Belo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz conta com equipe multidisciplinar – neruologistas, geriatras, neuropiscólogos, terapeutas ocupacionas e fisioterapeutas, que atuam na prevenção a reabilitação cognitiva.

Exercício de respiração diafragmática que ajuda no relaxamento

  • Recomenda-se a realização duas vezes ao dia, ao acordar e antes de dormir,
  • Deite-se em una superfície reta e feche os olhos,
  • Imagine ter uma bexiga na boca do estômago,
  • Inspire contando mentalmente até três, tentando inflar a bexiga imaginária,
  • Solte o ar contando mentalmente até seis, imaginando um pequeno furo na bexiga,
  • Inicialmente repita esse exercício de respiração por dez minutos, quando já se sentir confortável, aumente a prática para 15 minutos,
  • Se for difícil soltar o ar contando mentalmente até seis, inicie contando até quatro, depois até cinco e finalmente até seis O importante é que a expiração seja mais prolongada que a inspiração.

Sobre o Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Fundado em 1897 por um grupo de imigrantes de língua alemã, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina. Com atuação de referência em serviços de alta complexidade e ênfase em Oncologia e Doenças Digestivas, em 2020 a Instituição irá completar 123 anos. Para que os pacientes tenham acesso aos mais altos padrões de qualidade e de segurança no atendimento, atestados pela certificação da Joint Commission International (JCI) – principal agência mundial de acreditação em saúde -, o Hospital conta com um corpo clínico renomado, formado por mais de 4 mil médicos cadastrados ativos, e uma das mais qualificadas assistências do país. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público. Desde 2008, atua também na área pública como um dos cinco hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/.

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Gerência de Comunicação Corporativa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Autor: Hospital Alemão Oswaldo Cruz Data: 31/07/2020 Fonte: Hospital Oswaldo Cruz

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