Por décadas, a obesidade foi cercada por estigmas e soluções simplistas. Dietas da moda que prometem resultados milagrosos ganharam espaço, enquanto muitos acreditavam que bastava força de vontade para vencer a balança. As pessoas que convivem com obesidade foram frequentemente vistas como responsáveis únicas por sua condição, rotuladas por escolhas consideradas inadequadas. No entanto, a ciência está desmistificando essas ideias ultrapassadas, mostrando que a obesidade é uma condição complexa, influenciada por fatores genéticos, metabólicos, ambientais e psicológicos, que vai muito além das calorias consumidas ou do número na balança.
Nova definição amplia o diagnóstico e o tratamento da obesidade
A obesidade é uma condição crônica que há muito tempo desafia especialistas e gera debates sobre como classificá-la e tratá-la. Recentemente, o Dr. Ricardo Cohen, Diretor do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e presidente da Federação Internacional para a Cirurgia da Obesidade e Distúrbios Metabólicos, ao lado de outros 55 especialistas da Comissão para definição de obesidade clínica da The Lancet, trouxe uma nova perspectiva para o diagnóstico da obesidade.
Até hoje, o Índice de Massa Corporal (IMC) tem sido o principal critério para identificar obesidade, mas essa medida apresenta limitações importantes. Ela não considera diferenças individuais, como a distribuição de gordura, a composição corporal ou fatores genéticos. A nova classificação, endossada por mais de 75 organizações médicas, propõe critérios mais abrangentes para avaliar o acúmulo de gordura e os riscos associados
Essa nova definição divide a obesidade em duas categorias principais:
- Obesidade Clínica: Doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura que prejudica os órgãos e compromete as atividades cotidianas no presente
- Obesidade Pré-Clínica: Excesso de gordura que ainda não causa danos diretos no presente, mas aumenta o risco, em maior ou menor grau, de complicações futuras.
A distinção entre obesidade clínica e pré-clínica é feita com base na presença de sinais e sintomas, como alterações na função orgânica ou limitações no dia a dia no presente. Essa abordagem reduz o estigma ao desvincular a obesidade de escolhas pessoais e reforçar que ela é uma condição complexa, influenciada por múltiplos fatores. Ao mesmo tempo, ela permite diagnósticos mais precisos e tratamentos ajustados às necessidades específicas de cada paciente.
Panorama da obesidade
A obesidade é uma preocupação global que afeta mais de 1 bilhão de pessoas, incluindo 41,2 milhões de adultos no Brasil, segundo a PNS de 2020. No país, 56% dos adultos convivem com obesidade ou sobrepeso. Estimativas da Fiocruz apontam que, até 2044, 130 milhões de brasileiros terão sobrepeso ou obesidade, com 48% dos adultos obesos e 27% com sobrepeso.
Um desafio de saúde pública, a condição pode estar associada a complicações como diabetes tipo 2, hipertensão, doenças cardiovasculares e câncer. As projeções reforçam a urgência de ações preventivas e tratamento eficazes para enfrentar esse cenário.
Referência no tratamento da obesidade
O Centro de Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz está na vanguarda do tratamento da obesidade no Brasil. O centro desenvolve planos personalizados que consideram as necessidades de cada paciente. Com uma equipe multidisciplinar, o foco é oferecer suporte integral para transformar a saúde e proporcionar resultados duradouros.
“A ciência e o conhecimento são as ferramentas mais poderosas para superar os mitos e estigmas associados à obesidade. Nosso compromisso é oferecer informações baseadas em evidências e garantir um tratamento eficiente, humanizado e individualizado para todos”, afirma o Dr. Ricardo Cohen.
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