Febre Oropouche: você sabe do que se trata essa doença?

Em 2024, o Brasil já registrou mais de 7 mil casos de febre Oropouche, em 21 estados, de acordo com Ministério da Saúde, a maior parte no Amazonas e Rondônia. As duas primeiras mortes registradas no mundo aconteceram recentemente no interior da Bahia e, também, estão sendo investigados óbitos de fetos por transmissão vertical, que é quando o vírus passa da mãe para o bebê durante a gestação. 

Com esse cenário, muita gente ainda não entendeu do que se trata essa doença, mas é importante conhecer e ficar atento. A febre Oropouche é uma doença causada por um vírus transmitido por mosquitos, o que é chamado de arbovirose, assim como dengue, Zika e Chykungunya. Esse vírus, conhecido cientificamente como Orthobunyavirus oropoucheense – OROV, foi encontrado em amostra de sangue do bicho-preguiça, pela primeira vez em 1960, durante a construção da rodovia Belém-Brasília. A partir desse período, foram relatados surtos e casos isolados em humanos, tanto no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica, quanto em países da América Central e do Sul.

Transmissão

Até o momento não foi documentada transmissão direta entre pessoas. O vírus é transmitido pelo inseto vetor Culicoides paraensis (conhecido como maruim ou mosquito pólvora), que pica um animal (ciclo silvestre) ou uma pessoa contaminada (ciclo urbano) e carrega o vírus e o transmite na próxima picada. No Estado de São Paulo, o mosquito transmissor é encontrado na região do Vale do Ribeira e litoral. Contudo, ainda não existem registros de casos dessas regiões.  

Sintomas e diagnóstico

“A febre Oropouche tem sintomas inespecíficos que lembram aqueles observados na dengue, como febre, dor de cabeça e muscular intensas, diarreia e náusea. Os sintomas em geral começam na primeira semana após a adquirir o vírus e duram de 2 a 7 dias.  Por este motivo, a diferenciação pode ser difícil, devendo-se levar em consideração aspectos epidemiológicos, como por exemplo, a pessoa ter viajado ou ser procedente de uma cidade com casos da doença”, explica o Dr. Felipe Piastrelli, coordenador do Serviço de Infecção Hospitalar do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Os casos devem ser notificados pelos serviços de saúde para as secretarias de saúde dos municípios que adotam as medidas de saúde pública condizentes para o controle do vetor e da transmissão da doença.

Tratamento

“A maior parte dos casos tem evolução benigna e sem sequelas. Assim como a dengue, não há um tratamento específico. Geralmente é recomendado o repouso, tratamento dos sintomas e acompanhamento médico”, comenta o Dr. Piastrelli.

Prevenção

Não existe vacina para prevenção da febre Oropouche. Assim, para prevenir é necessário se proteger contra o vetor, ou seja, o mosquito marium, que transmite a doença. Para isso:

  • Use repelente;
  • Evite áreas de ocorrência da doença, se possível;
  • Limpe terrenos e locais com criação de animais, assim como folhas e frutos que caem no solo;
  • Use telas em portas e janelas.

*Fonte Ministério da Saúde

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